quarta-feira, 24 de março de 2010

A atuação da natureza no amor

Um novo amor, que de tão novo engatinha no quintal
pelas do jardim. aos olhos apaixonados dos pais,
onde a inocência toma conta, um casal de crianças
descobrem o carinho e as orquídeas no jardim...

o reencontro de namorados que antes distantes
agora apreciam as árvores do passeio publico,
o lago, os pássaros, a brisa...os abraços e beijos...
a despedida da saudade naquela tarde de domingo...

lembra da lua, que observava cada caricia...
noite de litoral, areia de praia, vento fresco
gosto de marisia salgando o beijo...
a pele, os fios de cabelo...

todos os elementos admirando o amor
cada paisagens que encanta os olhos e os corações...
mesmo distante, ao ver as estrelas...
esperando e desejando matar a saudade...

e a natureza não só inspira o amor
ela vê o amor como sua própria filosofia
demostrando ódio de um amor não correspondido
em desastres e catástrofes, amor doentio e paranóico.

Há lagrimas na melancolia da chuva
o fim do romance...num triste adeus,
ou um começo selado sobre maravilhosos...
beijos molhados...

Amor descontrolado, de múltiplas reconciliações...
quando se faz as pazes, doce furto fresco tirado da árvore...
mergulho no mar, banho de cachoeira...à dois...
a ntureza nos ama também, a cada dia, possessivamente.

quinta-feira, 18 de março de 2010

O esboço da ultima queimada...

A árvore irritada: onde vai o homem sem mim? Avoado e com o ego na ponta da lingua,
vai tropeçar em suas próprias mentiras...
O fogo, com um sorriso no rosto: ele não lembra de si mesmo vai lembrar de você, uma árvore velha, sei que ele sentira sua falta ao ver as cinzas.
A árvore: nós já o chamamos pelo seu nome, mas sua ganância o ensurdeceu, e agora alguns milhões de anos serviram para trazer a vida de volta...
O Fogo: o homem corre e eu já o vi cansar, talvez ele desista de correr e volte...acho que foi atrás da tal tecnologia mas ela é para poucos, assim como a sabedoria e a paz...(risos) talvez ele ainda não tenha nada de valioso, por isso corre assim, e cai...
A árvore, já quase totalmente em cinzas: então terá que alcançá-las, porque o tempo cobra de todos, até de mim, e eu já cumpro aqui meu destino...(morre).
(o homem retorna exausto)
O fogo não satisfeito: agora só restaram você e eu...quem queimarei agora, homem?

Uma breve percepção da espontânea arte natural



Em muitas manhãs de outono elas começam
a mesma sinfonia de sempre.
Aquela que é composta pelos passos de quem as pisa
secas e sem vida...
São apenas folhas...

Pode se dizer que se trata da bela e fria melodia dos mortos.
O compositor, um místico querendo se revelar
através de passos de todos:
Pessoas boas e outras nem tanto...
Homens e mulheres, crianças e idosos...
Ricos e pobres, loucos e gênios.

Em um pavimento da grande cidade,
sem nenhuma atenção ou público,
são só folhas. De uma mãe sem filhotes nem ninho.
E nem sequer estão vivas...

Mas sua musica tão misteriosa e sensivel
nos mostra que vivemos a mesma vida que elas.
E no subconciente a música nos passa uma revelação:
"Temos" uma grande terra e essa terra nos tem...

A Natureza com sua arte tão inocente
pinta e esculpi suas paisagens fantásticas
por si só transmuta filosofia ao vento...
sob a visão, o sol e a lua, sem a guerra dos outros "elementos".

Dentro de seu nuclear aspecto
há um romance cósmico
e em suas sinfonias sobram tristezas e alegrias
por notas divinas e infinitas...
e nós sem perceber participamos sempre...
sem querer...
como pelas folhas secas
que é o minimo que a terra possui
mas são o despertar de uma essência
de outonos e outonos, de muitas cidades...
pisadas por pessoas e pessoas...